Descobrimos agora mais uns quantos desenhos, uns assinados, outros não. E temos dúvidas sobre se Roby Amorim é o autor de um ou dois deles. Talvez alguém, ao vê-los, se lembre do contexto e possa enriquecer este post. Como a ilustração em baixo. É do Roby? E, se sim, terá sido feita quando a ANOP estava na Rua Júlio de Andrade e se comia por ali, como na Rodeia?
Há exatamente meio século, em Junho de 1975, três jornalistas da Redação Internacional da ANOP - Ana Glória Lucas, Fernando Correia de Oliveira e João Carlos Silva criavam de motu próprio, aquilo a que apelidaram de Grupo de Recolha de Material (GRM).
Ao fim e ao cabo, o GRM seria a génese da criação no Internacional de features assinados, de produção própria, de contextualização do noticiário do dia, de criação de dossiers temáticos de apoio, do apontar para reportagens no estrangeiro.
Foi nesse sentido que dirigiam uma proposta explicativa à Direção de Informação da Agência Noticiosa portuguesa para a criação do GRM.
Sobre Roby Amorim, já escrevemos aqui, aqui ou aqui. Remexendo em papéis, encontrámos estes esboços, de 1998, de sua autoria, mas não assinados. Era comum o Roby, no final de uma refeição, bebendo um café, fumando um cigarro, desenhar no que tinha à mão - guardanapos, toalhas, versos de caixas de fósforos... - muitas vezes, complementando as criações com uma mistura de restos de café e cinzas, usando os dedos. Possuímos dezenas de desenhos desses, mas ainda não os encontrámos...
João dos Santos Milheiro Nunes, Operador de Telecomunicações, fez a sua carreira nas Agências Noticiosas portuguesas.
O jornalista João Pinheiro de Almeida definiu bem a personalidade deste beirão (nasceu em São Miguel D'Ache): "Que tristeza e que saudades de um homem calmo, sossegado, no seu canto".
Em baixo, em pé, João Milheiro, na sala de Telecomunicações da ANOP (sentados, David e Vaz).
A nossa amiga e antiga companheira das agências Inácia Fiorillo deixou-nos ontem, de acordo com informação da família. Tinha regressado havia pouco tempo ao seu Alentejo e foi aí que partiu. Jornalista, autora de livros infantis, tradutora, deixa na nossa memória a sua alegria de viver, a sua irreverência e a sua generosidade. (Ana Glória Lucas)
As minhas condolências à família e amigos. Era uma mulher extraordinária. Lutadora, excêntrica, revoltada. Conseguia superar uma vida de intempéries, com a sua alegria. Era por vezes incompreendida...até substimada ...Eu gostava dela. Fizemos parte de um grupo que se deslocou a Madrid. Era de facto divertida. Mais tarde soube, por pessoas que a conheceram em Itália, que Inácia, com cinco filhos, era afinal o pilar da família. Por isso se agarrava a todo o trabalho. A última vez que a vi foi, por aqui, em Mafra, há cerca de cinco anos, a almoçar, no intermarche, com a filha mais nova que tinha a seu cargo. Ainda conduzia. Ainda era alegre... A minha ternura e agradecimento, também, à Ana Glória e ao Artur Margalho que a visitavam com regularidade. Ainda bem que existem camaradas que vão cuidando uns dos outros. Fiquei triste. Que reste em paz Inacia! (Otília Leitão)
A Inácia, mulher inesquecível, livre, alegre, corajosa. Os
meus sentimentos à família. (Isabel Braga)
Era uma força da natureza. Lembro-me das suas
originalidades. Que descanse em paz. (Júlia Fernandes)
Faria 74 anos a 16 de Fevereiro. Faleceu a jornalista Lurdes Antunes, que entrou na ANOP em 1976, como administrativa. Na foto de cima, à direita. Na foto de baixo, a segunda da direita. "A nossa família de Agência ficou mais pobre na diversidade", referiu Otília Leitão.
Em convívios de Natal de trabalhadores das Agencias Noticiosas. Em cima, a segunda da direita. Em baixo, ao centro.
O velório de Silvério do Canto, vítima de doença prolongada, terá lugar na quarta-feira, no Centro Funerário da Quinta do Conde, entre as 10:00 e as 12:00, seguindo-se a cremação pelas 12:15, disse à Lusa fonte da família.
Silvério do Canto foi chefe de redação da ANOP – Agência Noticiosa Portuguesa (que antecedeu a Lusa), jornalista na Agência Lusa e um dos fundadores do Semanário Económico.
O jornalista também integrou a equipa de fundadores do Diário Económico, no qual assumiu ainda o cargo de diretor adjunto, e da revista Expansão.
Do seu currículo faz ainda parte uma passagem no Portugal Hoje, no qual foi jornalista e correspondente parlamentar.
Silvério do Canto também esteve na Media Consulting, através da qual assegurou a comunicação da TAP.
Ainda no setor do turismo criou, há mais de 20 anos, o jornal de turismo Presstur.
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) recordou, através de uma publicação nas redes sociais, este profissional como uma “figura incontornável do jornalismo turístico em Portugal”, que deixa um legado “que continuará vivo através da dedicação dos seus filhos, Luís e João, que trabalhavam ao seu lado”.
A APAVT atribuiu, recentemente, a sua medalha de mérito turístico ao Presstur, reflexo do “entusiasmo, rigor e trabalho do Silvério”.
