sábado, 9 de agosto de 2014

Rui Camacho (1936 - 2014)


(foto DN)

O jornalista Rui Camacho, que foi chefe de redação da ANOP, que mais tarde deu origem à agência Lusa, morreu aos 78 anos, a 5 de Agosto de 2014, vítima de doença prolongada.

Casado com a escritora e jornalista Helena Marques, Rui Camacho deixa quatro filhos, entre eles Paulo Camacho (antigo jornalista da SIC) e Pedro Camacho, director da revista VISÃO. Nascido no Funchal em 1936, Rui Camacho trabalhou no Diário de Notícias do Funchal, foi correspondente, na Madeira, do Diário de Lisboa, da Paris Match e da Associated Press (AP), entre 1955 e 1970.

Paralelamente, foi professor do ensino secundário e da escola de hotelaria e turismo do Funchal, além de adjunto da direção da Madeira Engeneering (construções navais).

Entre 1971 e 1973, Rui Camacho foi redator da revista Flama, chefe de redação adjunto do Jornal do Comércio e colaborador das agências Ciesa, Latina e Penta.

Chegou a subchefe de redação do República e a chefe de redação da ANI - Agência Noticiosa de Informação, com a tarefa específica de elaborar o projeto da futura ANOP.

Depois do 25 de Abril, foi chefe de redação do jornal A Luta, do qual foi cofundador, juntamente com a direção e um grupo de antigos redatores do República.

Entre 1978 e 1985, foi chefe de redação da ANOP, tendo sido requisitado em comissão de serviço para a coordenação geral das redações da RTP (1979) e para a chefia da redação da RTP Informação 2.

Ainda durante este período foi chefe de redação da revista Negócios (1980-1984). Entre 1986 e 1988 foi chefe de redação do jornal O Tempo. Na década seguinte, chegou a trabalhar para a Hill & Knowlton, Imago e Marconi.

Alguns depoimentos de quem o conheceu:

José Manuel R. Barroso:

O Rui! conheci-o na Madeira, quando para lá fui no serviço militar e andei pela aventura do Comércio do Funchal. Ele, e a Helena Marques, eram jornalistas do DN do Funchal, democratas, e foram sempre dois excelentes amigos e gente de qualidade. Depois, quando o Rui veio para Lisboa, fui director dele na Anop, onde fez em bom trabalho e era um excelente colega. A vida passa rápido! Fica a memória das pessoas boas que conhecemos e nos conheceram.

Fernando Correia de Oliveira:

Do Rui lembro a camaradagem de "velha escola", as conversas sem fim depois do acabar dos turnos, as histórias que ele contava, acrescentando sempre mais "pormenores". E... quem se cruzou com ele, sabe do que falo: o temível aperto de mão. Os seus olhos brilhavam de gozo quando algum incauto experimentava a força de tenaz hidráulica dos seus dedos... Ainda há uns meses recordei isso num almoço com o filho com quem tenho mais contacto, o Pedro Camacho, um dos jornalistas do clã Camacho. Até sempre, Rui... com um último aperto de mão.

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